“Pessoas cada vez mais ansiosas, com musculatura rígida, respiração acelerada, sem paciência, e uma sensação de impotência diante de pequenos fatos tornando-se uma das maiores angústias do homem moderno.”
Quando o organismo reconhece o estressor elaborando uma resposta orgânica rápida para o enfrentamento ativando no sistema nervoso central o hipotálamo e a hipófise com liberação de ACTH (hormônio adrenocorticotrópico). O ACTH estimula as glândulas suprarrenais a secretarem corticoides e adrenalina (catecolamina). As glândulas adrenais passam então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo, contraem o baço (que expulsa mais hemácias para a circulação sanguínea, o que amplia a oxigenação dos tecidos) e causa imunodepressão (redução das defesas do organismo). A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que pode ser de “luta” ou “fuga”.
Nessa fase há o aumento da capacidade de resistência do organismo, independente da permanência ou não do estressor, com uso de todos os recursos disponíveis, gerando sensação de desgaste idiopático, inclusive com danos de memória. Nesse momento há adaptação do organismo, com a respiração, os batimentos cardíacos, circulação e a pressão arterial voltando a níveis anteriores. Porém, quando o estressor é de longa duração ou muita intensidade, a resistência vai diminuindo, o organismo se enfraquece e inicia-se a terceira fase, que é a Exaustão.
O estímulo estressor permanece e o organismo não é capaz de adaptar-se adequadamente. Os sinais da fase de alarme retornam mais acentuados, tornando o organismo mais susceptível a doenças. Observam-se sintomas específicos dos órgãos afetados e da patologia que nele se instalar podendo ocorrer: Infarto; Úlceras; Psoríase; Depressão; Morte em casos mais graves.
Em estudo recente, LIPP (2000), através do Inventário de Sintomas de Stress (ISS), identificou a quarta fase, que se desenvolve entre a fase de resistência e exaustão, denominando-se fase de quase exaustão. Nessa fase há o enfraquecimento e incapacidade do indivíduo em adaptar-se ao estressor, podendo surgir leves problemas de saúde, que não o incapacitam.
O estresse é uma reação desencadeadora por qualquer evento que confunda, amedronte ou emocione a pessoa profundamente gerando interferências em sua vida (LIPP, 1994). Com essa descrição comparamos os conceitos de VILARTA e GONÇALVES (2004), que dizem que qualidade de vida, pode ser conceituada sobre múltiplos significados e não são poucos os que se atribuem a ela. Dificilmente se consegue unanimidade de opinião entre pessoa da mesma comunidade, quem dirá de toda uma sociedade, então, listaram alguns elementos que estariam presentes na maioria das opiniões: segurança, felicidade, lazer, saúde, condição financeira estável, família, amor e trabalho. É certo que não é razoável esperar uma vida sem acontecimentos que afetem o cotidiano e nesses casos é que funcionam as técnicas anti stress, melhorando nosso desempenho físico e intelectual de maneira vantajosa.
Sobre a atividade física em combate ao estresse é cientificamente discutido e inquestionável, que o exercício físico tem se tornado aliado à saúde de iniciantes no esporte, de praticantes e de atletas de alto rendimento no mundo inteiro. Tem também importante papel no aumento da longevidade e de forte proteção contra o estresse e o sedentarismo (Haskell et al., 2007). Qualquer tipo que seja de exercício que possa praticar é um aliado de peso para o combate ao estresse, como uma caminhada, corrida, desportos, seu futebol dos finais de semana, ou ainda melhor participar das atividades junto a Mill Off Adventure, em suas trilhas e aventuras junto a natureza, que inclui o benefício da atividade física com a paz e tranquilidade da natureza, com o ar puro e variados outros benefícios. Essas atividades, predominantemente aeróbicas, exercem influências positivas nos níveis de estresse, havendo a diminuição dos sentimentos de depressão, raiva, confusão, fadiga e tensão com consequente aumento nos níveis de vigor (Bartholomew et al., 2005).
Com isso, entendemos que o mecanismo do estresse, que põe em alerta as funções corporais e prepara a pessoa para uma determinada ação em pequenas doses, melhora o desempenho e aumenta a produtividade, mas quando o estresse se torna persistente e crônico, pode ter efeitos devastadores para a saúde e o bem-estar interferindo na Qualidade de Vida das pessoas.
AUTOR: TAIAN LOPES